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Ravenas Consultando o pai Google e o amarelinho, C. e eu des..

Ravenas Consultando o pai Google e o amarelinho, C. e eu descobrimos uma casa na liberdade. Curiosidade: atualmente o prédio é uma creche com fachada azul e detalhes coloridos. Em 2016 por fora seguia o clássico vermelho com detalhes brancos, palmeiras e com beneficio de ser discreto. Não sei por que a decoração do fumódromo, recepção e escadas para o salão tinham leões de pedra, colunas, quadros, esculturas e várias referencias sem sentido a eras gregas e medievais, aliás, quase todo puteiro tem esse tipo de elementos pra dar um ar de reinado, império, grandiosidade. Os caras estão sempre querendo compensar alguma coisa ou precisando de uma levantada no ego. No salão principal mais paredes vermelhas com detalhes de gesso em branco, à esquerda no topo da escada havia um camarote privado que se fechava com grossas cortinas vermelhas, depois 5 conjuntos de sofás vermelhos de vinil que grudam a bunda e mesas de centro divididos por cortinas transparentes, também vermelhas. Meio do salão livre para dançar, bar com balcão de espelhos no lado direito e uma mesa de sinuca atrás do palco improvisado e então a porta para o paraíso no fundo. Os quartos, 12 no total, eram exatamente como de motéis comuns baratos com aqueles controles de som e iluminação embutidos numa grande cama de madeira. Em alguns a cama era redonda, em todos as eram paredes vermelhas com quadros de flores ou conotação sexual, banheiro pequeno com garantia de choque no chuveiro. Graças ao Ravenas adquiri o habito de abrir com cuidado todo chuveiro desconhecido que não seja a gás, usando uma toalha ou peça de roupa. A gerencia da casa era comandada por uma dupla que não tenho como melhor definir do que Jumba & Pleakley (Lilo & Stitch) mas nesse caso o grandão era o calmo e o magrelo estressadinho. C. entrou em contato pelo Whatsapp anunciado no amarelinho no dia seguinte à visita da primeira boate, descansamos uma noite e na próxima, após o horário de trabalho partimos em direção ao centro. Jumba nos buscou na estação de metrô São Joaquim e mais duas garotas, quando chegamos na casa fizemos um pequeno tour com o magrelo estressado enquanto explicava como funcionava a opção para moradia e sistema para ir para o quarto, que era basicamente a mesma coisa da primeira casa, só que com os valores dos programas e porcentagem das meninas maiores. Nossos olhos brilharam. O Tour terminou na cozinha onde serviam jantar para as garotas, outra coisa comum na maioria dos puteiros e que eu amo: comida e drinks grátis. O público era uma bagunça, dos 18 até os 70 anos, homens de todas as cores e classes sociais, inclusive até os que nem curtem mulheres. Estando no coração da Liberdade, o lugar também era o reduto de japoneses, tanto os nascidos no Brasil quanto os do Japão, e eu peguei quase todos que passaram pela porta, até no primeiro dia. Naquela primeira noite fiquei bebendo no camarote privado com um grupo de familiares, sim irmãos, sobrinhos e tios, dos 30 aos 73 anos curtiam toda sexta-feira na boate, numa espécie de adultério coletivo enquanto suas valiosas esposas pensavam que eles estavam no karaokê. Depois subi para o quarto por meia hora com o mais novo e único solteiro da turma. Não gosto de homens baixinhos, mas F. possuía charme, era muito cheiroso e engraçado. Único defeito era ser meio preguiçoso no sexo uma posição ou outra, sem julgamentos já que tecnicamente fazer o trabalho todo na cama está implícito na descrição da profissão. C. sumiu com uma dupla de gringos e outra garota. De volta ao salão depois de me despedir de F. lá pelas 3h da manhã fiz amizades com meu primeiro cliente 100% brasileiro, B. de 40 poucos anos era produtor de audiovisual e maluco, do tipo homem eterno solteiro – festeiro – faço o que eu quero, de uma vibe meio Chorão (do CBJR), um amor de pessoa pena que mão de vaca. Não consegui arrancar nenhum drink dele além de beber do combo de vodca & energético que já estava na mesa. Conversamos até o magrelo estressado convidar B. a se retirar porque já estava clareando e encerrando o expediente da casa e não ele parecia não ter a menor intenção de me levar para o quarto, pelo menos não no da boate. Quando o gerente saiu de perto, B. propôs que nos encontrássemos na rua de cima e iria me pagar o mesmo valor para ir até a casa dele, eu adorei a idéia de cortar o intermediário e topei. No fim das contas fiquei até 10 da manhã conversando, transando, trocando carinhos. Não lembro por quantos meses freqüentei o Ravenas, muitas das lembranças que tenho daquela época são só uma bagunça flashs, um pequeno preço a se pagar por ganhar dinheiro bebendo, e também outras vergonhas alheias que minha mente bloqueou como, por exemplo, circular pelada no andar dos quartos transando não-tão-escondida com um funcionário da casa e ou levar uma cotovelada no nariz de outra garota que entrou numa paranóia na brisa da cocaína. Histórias curtas que prometo espremer meu cérebro para conseguir descrever para vocês depois. No geral foi um período feliz, apesar de estar tecnicamente sozinha nessa jornada, amizade nesse meio é um negócio estranho e veja bem, na nossa primeira noite trabalhando lá, C. se arranjou com um gringo, começou a namorar e nunca mais voltou para as boates. Infelizmente não agüentei a rotina faculdade – trabalho – boate e aos poucos fui abandonando alguns deles. Curiosamente não me arrependo de nada disso. Aprendi coisas muito importantes sobre trabalhar na noite como os chimbadores, não confiar em homem, e estar atenta o tempo todo, mas agindo com uma leveza de quem está distraído curtindo o momento. No falecido Ravenas conheci um cara muito legal que me incentivou a procurar boates melhores e cobrar mais caro, e foi o que eu fiz.

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